Ciênça dimais é bestêrage
(J. Cruz)
Pru quê
Qi vancê
Qi veve nos paláços
Ingravatado... indinhêrado
Num arresorve
Us pobrema qi se aparece?!
Pruquê pra nóis qi sumo piqueno...
Só nuis resta memo
É rezá uma prece.
Sabi seu doutô
Eu quiria dizê pru sinhô...
Uma coisa qi inté, eu axo... o sinhô já sabe.
Mais ficá turrano cô sinhô
Tamém num mi cabe.
Mais vamo largá mão de bestêra...
E falá o trem as crara...
Inhantes qui tudo discarria
E aquilo cagente miorá pudiria...
A gente nem arrepara.
O sinhô é istudado
Tem ciênça, tem sabença...
E nóis cá, os pé rapado
Só temo memo...
É as crença.
E aquerditança nôcêis
Qi são os afortunado.
Isperá in nóis é bobiça...
Vamo dexá de toliça.
Quê qi nóis pode fazê?!
Nóis num tem as sapiênça
E cá o qi cresce é a discrença
De tanto a gente sofrê.
Doutô prestenção
Tão isperano cá gente morra
Pá resorvê a questão...?!
Morre gente a riviria
Tá virano inpidimia
Inguar a currupção.
Vancêis na assembréia, forgado
E nóis morreno abandonado
Côs queixo inrriba das mão?!
Tão isperano o quê?!
Omentá as lista?!
Tão isperano istatística?!
Pruquê a vacina inxeste...
Pra acabá quessa peste.
Colé a jogada intão...?
Pruquê gente atoa nus governo
Tá chein tem di montão.
Si quisé memo trabaiá na dura...
Dá pra fazê cubertura
In cada parmo de chão.
O queu tô pensano "ai Jisuis"
Será qi isperam o Osvardo Cruis
Se alevantá do caxão...?
E vim cumo assombração
Arresorvê a questão?!
(J. Cruz)
Pru quê
Qi vancê
Qi veve nos paláços
Ingravatado... indinhêrado
Num arresorve
Us pobrema qi se aparece?!
Pruquê pra nóis qi sumo piqueno...
Só nuis resta memo
É rezá uma prece.
Sabi seu doutô
Eu quiria dizê pru sinhô...
Uma coisa qi inté, eu axo... o sinhô já sabe.
Mais ficá turrano cô sinhô
Tamém num mi cabe.
Mais vamo largá mão de bestêra...
E falá o trem as crara...
Inhantes qui tudo discarria
E aquilo cagente miorá pudiria...
A gente nem arrepara.
O sinhô é istudado
Tem ciênça, tem sabença...
E nóis cá, os pé rapado
Só temo memo...
É as crença.
E aquerditança nôcêis
Qi são os afortunado.
Isperá in nóis é bobiça...
Vamo dexá de toliça.
Quê qi nóis pode fazê?!
Nóis num tem as sapiênça
E cá o qi cresce é a discrença
De tanto a gente sofrê.
Doutô prestenção
Tão isperano cá gente morra
Pá resorvê a questão...?!
Morre gente a riviria
Tá virano inpidimia
Inguar a currupção.
Vancêis na assembréia, forgado
E nóis morreno abandonado
Côs queixo inrriba das mão?!
Tão isperano o quê?!
Omentá as lista?!
Tão isperano istatística?!
Pruquê a vacina inxeste...
Pra acabá quessa peste.
Colé a jogada intão...?
Pruquê gente atoa nus governo
Tá chein tem di montão.
Si quisé memo trabaiá na dura...
Dá pra fazê cubertura
In cada parmo de chão.
O queu tô pensano "ai Jisuis"
Será qi isperam o Osvardo Cruis
Se alevantá do caxão...?
E vim cumo assombração
Arresorvê a questão?!
Ou tão isperano é o iborpe
Da épuca das inleição?
Mais se fô isso...
Qi bobage... qi disperdiço!
Será qi num dá pá notá...
Qi si tudos nóis morrê...
Num dá pá gente votá?!
E os qui sobrá...
Vão ficá é dispersado
Di modos que na inleição
Vão fazê a divisão
E os votos qui fô somano...
Vão seno disperdiçado...?!
E na hora das porcentage...
Só o musquito sai ganhano...?!
E na hora da cunfusão...
Num se elege viriadô
Prefeito, ou Guvernadô.
Vanceis perde a inleição...
A gente vai pru caxão.
E nos mei da malandrage...
Surge o mosquito, carregado
Com carinha de coitado.
Para arreceber a fáxa
De Governador do Estado...?!
Bote a mão na consciênça
Use a sua sapiença
Escute a voz da razão.
Pare essa sacanage.
Seja mais inficiente
Pois do jeito qui morre gente
Num vai tê nem inleição.
Só vão lê nas reportage:
"Munta ciênça é bobage..."
E logo abaxo da montage:
"Mosquito abraça o povão."
E continua a matéria
Grafado agora em negrito.
"Nós tivemos informação
Da parte do Dr. Mows Qitto
Qi inda hoje ele estará...
Na beira do Rio Bunito.
Falando pra mais de 50
Bilhões de jovens mosquitos.
Qi só esperam uma posição
Para entrar em ação.
Onde foi parar a ciênça
A sabença, a sapiênça...
Desta civilização?!"