"Tms q aprndr a ler u mund ntndnd us códgs pls cuais l é, lit ralmnt, scritu."

"Tms q aprndr a ler u mund ntndnd us códgs pls cuais l é, lit ralmnt, scritu."
"O Lixo é um Luxo." "O saber é o princípio, e a fala, e o verbo." "A Suprema Sabedoria ensina que o certo é não subir muito alto, nem descer muito baixo." (Professor José da Cruz)

Todos os caminhos. Todas as vidas. Todas as sensuras. "A vida é um curso e um percurso. É preciso aprender. É preciso caminhar." (Prof. José da Cruz)

Quem sou eu

Humorista,professor,jornalista, fotógrafo, católico, questionador, humano, amante das artes Rsssrsrsssrs

segunda-feira, 14 de março de 2011

Primaveras...

Chegou a primavera!
(J. Cruz)



Hum runnnn! Chegou a Prima Vera, o primo Baltazar, a tia Zupita e aquele babacão de quase dois metros (não lembro o nome) que fica o tempo todo garrando a prima Vera, (qi droga!) tia Zupita deveria não ter deixado vir aquele peste... nunca vi isso! As primas deveriam ser só para os pr
imos. I o tanto qi ia sê bão?! Rsrsrsrs Será que a lei não prevê nada disso na sessão dos direitos do consumidor?! Ué, quando eu era pequeno, minha tia dizia que eu não podia pq eu era pequeno, e agora, que eu cresci, passa a prima pra outro?! Cadê o pessoal dos Direitos Humanos que não toma nenhuma providência?! Ah vai tomá banho na soda, viu... ganham um dinheirão pra ficarem lá cossando saco. Essa era a hora deles agirem, querem uma causa mais justa?! Eu num vô jogá menininha de janela, nem matá jovens em Luziânia... E o pessoal dos Direitos dos Consumidores também são outros moscas-mortas, não fazem nada... E agora a tia Zupita vem passear aqi em casa, dá um dispesão danado, em vez de trazer a prima sozinha... (pra facilitar um pouco mais as coisas pra gente, não... traz o mocorongo junto...) E também não sei o que qi a prima viu naquele magrelo com cara de George Clooney...?! o porcaria num tem nem barriga... e o físico parece com o do Van Dame... qi tremendo mau gosto, meu Deus!... Foi por isso que eu criei a ASPRENP (Associação dos Primos Revoltados com o Namoro das Primas) quem estiver sofrendo algum tipo de desrespeito (por exempolo, ficá beijando a prima da gente na frente da gente, óh q merda!) ou abuso de otoridade, (levá namorado pra passeá na casa da gente... óh q tontice!) ou algum tipo de coação sexual, (por exempolo, com vozinha doce... "vamos conosco ao cinema priminho... senão minha mãe não deixa eu ir com ele... e vc aproveita pra mostrar a cidade pra nóis..." óh q porcaria!) é só vc preencher a sua ficha de inscrição na ASPRENP, fazer o seu relatório direitinho, todos os campos são obrigatório, por exemplo, se tiver alguma foto da sua prima nua, ou pelo menos de calcinha, você anexa, q é pra documentação... sua e do namorado dela não precisa, por quê? Ora porque... é porque você já preencheu a ficha né, já deu todos os dados... e do namorado dela não tem necessidade porque namorado nem parente é...) c paga uma taxinha irrisória de três mil reais para abrir o processo e é só. Tem umas despesinhas documentais mais é coisa atoa, negócio assim duns cinco, seis mil reais, não mais que isso. O que é uma bobaginha, já que vamos colocar a sua prima na sua mão de novo, olha só que trem bão?! E vc não terá mais nenhuma despesa já que é nosso associado e vai contribuir mensalmente com apenas, a p e n a s 300 reais, vai receber todo o apoio do Corpo Jurídico da ASPRENP, que é claro vai acompanhar o seu caso em todas as instâncias, e... é evidentemente vai olvidar todos os esforços para devolver na sua mão, em estado de zero, o corpo da sua prima... tudo isso de graça, sem que você gaste um centavo a mais sequer. E, além disso vc receberá uma carteirinha personalizada que te dá direito a levar a sua prima no cinema, no motel, no parque de diversões pagando somente o determinado pelas bilheterias, tudo isso, repito sem nenhuma despesa adicional, talvez caso o seu caso o exija, vc depositará o valor ínfimo de dez mil reais para despesas de pesquisa de campo, mas isso, geralmente, nem é necessário e você poderá sacar o dinheiro-calção assim que o desejar... vc também receberá todos os meses sem nenhuma despesa, informes de acompanhamentos de casos resolvidos pela ASPRENP, além do mais, se te interessar, vc poderá fazer opção e aí vc preenche e coloca o códiogo 3, vai receber da nossa associação, totalmente de graça, somente mediante uma contribuiçãozinha de 90 reais os dois famosos Betsellers PRIMAS PRA QUE TE QUERO e COMO CONDENAR UMA PRIMA A SER MÃE DOS SEUS FILHOS. Também se te interessar você pode pedir mediante reembolso postal, esses não são de graça, a gente só viabiliza a realização dos seus desejos porque você é nosso associado e a associação está aí é pra servir, os dois livros de auto-ajuda COMO PEGAR UMA PRIMA DE JEITO (com 150 fotos ilustrativas e ainda acompanhando manual de instruções - recomendado para maiores de 14 anos, porque os abaixo de 14 anos não vai dar conta de ler, só vão entender as fotos...rsrsrs) e COMO FAZER MINHA PRIMA SER MINHA (segue junto totalmente de graça mediante pagamento da tachinha de aceite, que é apenas 500 reais os manuais elucidativos e as COLETÂNIA DE SIMPATIAS DA VELHA PRIMA GERSINA e ORAÇÕES DE SANTO ANTÔNIO PARA PRIMOS DESEPERADOS feitos exclusivamente par resolver os casos de primos apaixonados... ) e assim que o dinheiro cair na conta, os nossos advogados vão tomar todas as providências do seu caso, e o nosso departamento de pessoal e despacho vai trabalhar para que vc receba o mais rápido possível o seu material de apoio. Mas além disso, se vc necessitar entrar em contacto consoco c pode fazer pelo telefone, temos o tele-primo desesperado, que anda muito tumultuado ultimamente mas com um pouquinho de calma vc consegue e temos também o telefaleconosco à sua inteira disposição é só vc preencher as fichas e confirmar as suas opções. Assim que recebermos a sua ficha a sua vida vai mudar e o namorado da sua prima vai se ferrar. No meu caso por exemplo, já está funcionando... a ASPRENP vai deportar o babacão pra Alemanha, (de onde ele nunca deveria ter saído...) amanhã. (Ah quem me dera! rsrsrs) Espero q ele não leia isso... Meu Deus, vou ter que voltar pras aulas de Kung fu... Nó, o japa qi tá lá na academia agora é o Nakamura e aqele merdinha tem raiva de mim... desde a sexta série quando eu beijei a Zuleika... hummmmm! Tô fu...

segunda-feira, 7 de março de 2011

Olha só, o cara aí... rsrsrsrsrs

Professor J. Cruz é empossado no Segundo Conseg - Conselho de Segurança.

No último dia 15 o professor José Ferreira da Cruz foi homenageado e empossado como secretário do Segundo Conselho de Segurança de Anápolis. O evento contou com autoridades e representantes de diversas entidades sociais da cidade e aconteceu nas dependências do Quarto Batalhão de Polícia Militar de Anápolis. Com a palavra o professor disse que tudo o que for para o bem estar do ser humano pode-se contar com a sua pessoa. Agradeceu o fato de ter sido escolhido para a homenagm e o cargo e que ia fazer de tudo para retribuir com serviço a confiança. "O mundo precisa ser cada vez melhor e isso sempre dependeu de nós, se o nundo não for melhor após termos passado por aqui de que serviu, então, a nossa presença. Cada um, dentro de sua possibilidade, deve trabalhar para que o bem estar geral aconteça.Contribuir para que o nosso lar, o nosso bairro, a nossa cidade e o nosso estado seja melhor seguro, melhor preservado e melhor de se viver dignamente é o mínimo que se pode esperar de cada um de nós. Deus seja com todos, um abraço e os meus agradecimentos." Finalizou. Fotos Lay Yan Reis, reportagem Pedro Santana e Américo do 3º "G"

terça-feira, 1 de março de 2011

A flecha que vai não volta...

“O cavalo arriado jamais vai passar duas vezes pela sua porta.”

(Por José da Cruz)

Existia um sujeito chamado Pedro este tinha um amigo que possuía uma chácara um pouco afastado da cidade onde viviam. O amigo de Pedro era Roger. Sempre que Roger ia à chácara e isso acontecia todo final de semana, ele passava na casa de Pedro e o chamava para ir com ele aprender a andar a cavalo. Pedro que gostava de carrões e até avião ria na cara dele. Que gosto mais bizarro! ... andar a cavalo... putz. Roger ia e por lá ficava mais um final de semana. Semana vai, semana vem. Roger sempre chamava e ele sempre sorria. A vida continuava e os dois viviam as badalações da cidade durante a semana mas nos finais de semana Roger sempre ia pra chácara sozinho.

Certo dia, quando menos se esperava a guerra estourou e os dois tiveram que se alistar. Por mero acaso do destino foram lutar juntos, mesmo batalhão, mesma companhia. Aquilo que começou para acabar logo, foi se alongando no tempo. As frentes de batalha eram difíceis, muitos amigos combatentes foram tombando a cada dia. Por sorte os dois permaneciam juntos e intactos. Numa tarde tudo parecia ter chegado ao fim. Após perder todo o resto do batalhão numa refrega os dois ainda estavam lado a lado, apesar de cansados ainda não tinham sido atingidos. A refrega continuava e eles continuavam atirando a esmo quando as balas acabaram. Tudo indicava que aqueles eram os últimos instantes quando, de repente, dois cavalos arriados vieram em disparada passando ao lado deles.

Roger sorriu, não teve dúvidas, correu e num salto certeiro alcançou o arreio e com o corpo colado na lateral do cavalo sumiu campina adentro. Pedro vendo aquilo, também não teve dúvidas, correu e saltou sobre o segundo cavalo passou direto sobre a cela e se esborrachou no chão. Quando Roger notando que o cavalo que corria atrás de si estava sem cavaleiro voltou para ver o que tinha acontecido. Do alto da colina pode ver os soldados da tropa inimiga atingindo com muitos balaços seu velho amigo Pedro. Sem poder fazer nada pelo amigo e com lágrimas nos olhos o treinador em montarias deixou o local.

Quem nunca errou que atire a primeira pedra...

“Comigo é na pedrada.”

(Por José da Cruz)

Zevaristo era considerado um cavuqueiro. Uma pessoa “da roça”. Morava lá pelos lados da Serra da Costela. Perdido lá no fundão de Goiás. Sumido lá pelo mato não fazia outra coisa a não ser atirar pedras. Era o dia inteiro atirando pedras. O pessoal que o circundavam achava esquisito, sorriam, mas aceitavam. Fazer o que... Vivia atirando pedras e fazia-o à mão livre sem bodoques ou atiradeiras e (pasmem) tinha uma pontaria invejável. Também pudera, reclamava os amigos, não faz outra coisa a não ser atirar pedras... Zevaristo sorria e (plaft) jogava mais uma. Uêêêêbaaa! Na mosca.

Assim se passavam os dias, um após outro, com uma noite no meio. Vai dia, vem dia. Uma pedrada aqui, outra ali. Sempre na mosca. Condefé, os recursos por aquelas bandas foram escasseando e Zevaristo junto com sua família tiveram que deixar o campo e rumaram para a cidade. Aqui o que tinha que dar já deu. Afirmara seu pai jogando o último caquinho de bule na carroceria de pau da velha caminhoneta. Vambora.

Na cidade grande, onde tudo indicava que seria mais fácil, estava mais difícil. Os empregos, mesmo os mais rudes eram muito difíceis e quando aparecia algum exigia experiência e o salário era sempre uma mixaria. Aos trancos e barrancos, seus quatro irmãos foram se empregando mas Zevaristo, nada. Não conseguia nada. Também pudera, explicava sua mãe dona Cândida. Só aprendeu a atirar pedras é nisso que dá.

O relógio do tempo e o destino se alinharam e certo dia quando acontecia uma das maiores festas da capital, um tal de carnavá, Zevaristo amargava mais uma busca de emprego sob um sol escaldante. A cidade estava cheinha de pessoas, ele nunca tinha visto tanta gente juntas. Que será que todo esse pessoal veio fazer aqui?! Perguntava-se enquanto entrava na Praça da Sé. A praça estava superlotada, e era só o anúncio da tal festa. Magina quando for a festa memo... Na busca pela colocação Zevaristo entrou em mais uma loja e ouviu mais um não. Aquilo era uma tortura. Foi entrando na praça pela lateral esquerda. Meu Deus! Exclamou. Isto aqui parece um formigueiro humano. Disse para si mesmo admirado olhando todo aquele pessoal. Isso é uma loucura!

De repente, um rapagão deu um esbarrão numa mocinha jogando-a no chão, esbarrou também numa senhora com carrinho de supermercado, jogando senhora e o carrinho contras outros . Velha senhora e mercadorias se esparramaram pelo chão. Dois camaradas vestido de palitó e gravata sacaram armas, enquanto um terceiro, também vestido como gangster tratava de ajudar a mocinha a se levantar. Esta gritava e esbravejava. Façam alguma coisa, seus palermas. Estava apavorada. Ele levou minha bolsa. Ele levou minha bolsa. Os dois com as armas nas mãos, não sabiam o que fazer... Também... como usar aquelas armas no meio daquele povão sem atingir alguém?!

A mocinha continuava a gritar. Minha bolsa, ele levou minha bolsa. Zevaristo agachou pegou uma daquelas latinhas pequenas de atum, sopesou-a na mão sacodindo-a para cima e para baixo e ficou olhando o bandido correr entre as pessoas trinta metros abaixo. E quando o ladrão dando mais três passos passaria entre duas pessoas abrindo um espaço de trinta centímetro Zevaristo levou o braço direito para trás e lascou a latinha de conserva. A lata veio girando e quando o ladrão abriu o espaço entre as duas pessoas previstas para passar (plaft) recebeu-a no pé da orelha tombando magistralmente no asfalto. Zevaristo caminhou até lá, pegou a bolsa e a latinha de atum e retornou. Devolveu a conserva à senhora que já estava terminando de recolher as compras ajeitando-as no carrinho. Sua latinha que peguei emprestada dona, me desculpe, agora ela está amassada. A mulher riu. Sua bolsa, mocinha. Ah seu moço, fico-lhe muito grata. Nesta bolsa tem documentos que são importantíssimos para meu pai.

O azarado ladrão acordou na delegacia e o pai da mocinha mandou chamar Zevaristo para conversar. Agora, quando virem Sannye Silva andando pelas ruas, se olharem bem, verão, além dos agentes da guarda pessoal da mocinha, um moço alto, com vestes muito comuns que parece apenas mais um curioso qualquer ali por perto. É Zevaristo que foi contratado pelo Presidente da República para ajudar a cuidar da segurança de sua filha. Um cavalo arriado nunca passará duas vezes por sua porta.

A Fala Emitida Não Tem Volta

- Cadê os créditos que estavam aqui? - O hacker comeu.

(Por José da Cruz)


Nick Nivverton tinha verdadeira

adoração por Lan House desde os oito anos de idade. Agora quando completava os catorze seu vício por net e tudo o que se relaciona a computadores , vírus e jogos eletrônicos estava se tornando para ele uma verdadeira tortura. O que ele mais gostava, não podia ter. Sempre lhe era negado, ora pela sociedade, ora por sua mãe que não tinha dinheiro para custear seu vício. O que dava no mesmo. Muita gente do meio já tinha perdido a cabeça e feito besteira.

Nick ajudava em duas lan houses só para ter o direito de “fuçar” na net quando bem entendesse, mas mesmo assim não era o suficiente. As aulas no colégio estavam em segundo plano. Embora sua mãe pensasse que ele só ia pra Lan house à noite, a verdade é que pelo menos duas vezes por semana matava aula na parte da manhã. A guerra com a velha era sempre muito complicada. Ela nunca compreendia a sua necessidade por Lan house e mais lan house, computadores e mais computadores. Naquela tarde de segunda quando teve que ir ao banco para pagar a conta da luz pra sua mãe, aquilo lhe parecera o fim do mundo, uma verdadeira perda de tempo, dava para colocar todos os seus spaces na net em dia. - E aquela fila que não andava... Ái que ódio! – pensou lamentando consigo.

Puxou o cel e começou a navegar, tinha ganho uns créditos numa paradinha na tarde anterior, que até dava pro gasto. – Epa! Vamo economizar, né?! – disse para si mesmo teclando um novo endereço. – Já que estou aqui por conta da merda do banco, nada mais justo que navegar por conta dele também. - Vamos ver... como será que entramos... – olhou o nome do banco. – Será que invertendo as consoantes e intercalando alguns números... – pensou. – Nossa, as pessoas são tão previsíveis... todos têm um padrão. Na primeira sequência não conseguiu nada. Na segunda... – Demorô... – disse rindo. - Elementar meu caro, Nick. Tô dentro, que gracinha!

A moça do caixa chamou mais um... o próximo era Nick. O moço deixou o balcão, Nick se aproximou, empurrou a fatura. – Tem que aguardar um pouquinho. Deu um piti aqui. – disse ela. – Tah! – Nick digitava desesperadamente. – Mais que porra é essa?! – chingou. Setecentos dólares estavam indo embora. – Puta que pariu! Que filho da mãe! – disse para si mesmo enquanto digitava com uma rapidez espantosa. – Eu te pego, desgraçado. – chingou. O gerente se aproximou da caixa. Ficou olhado a tela, parecia muito nervoso. Usou o interfone chamando outra pessoa. Um rapaz com cabelos avermelhados chegou correndo, passou o cartão, todos pareciam apavorados. Nick levantou os olhos do cel. – Com este teclado nunca vou conseguir pegar esse safado. – disse para si mesmo. Olhou na direção do gerente. – É o torlon, não é?! – Como você sabe? – Quis saber o moço do cabelo vermelho. Nick mostrou o cel. – Ele acaba de me levar setecentos dólares. Se me permitir dar uma olhadinha aí, podemos pegá-lo. – Não, não pode. Ninguém pode pegar esse filho da mãe. – disse o moço do cabelo de fogo. – Eu posso, sim. – retrucou Nick. Com o meu teclado não... Mas se me permitir ir aí eu o pego. O gerente não sabia o que fazer. Nick sorriu. – O filho da puta tá roubando mais de cinqüenta milhões de vocês e vocês tem medo é de mim... essa é boa. – Entre aqui. – disse o gerente. Nick passou vazado pela portinhola. – Ele vai é atrapalhar as investigações. – disse o moço do cabelo de fogo. – Deixe ele tentar. – retrucou o gerente.

Nick digitava como um raio, as letras e os números iam se sucedendo. – Mas o que você está fazendo?! Pare com isso. Está entrando nos nossos arquivos mais secretos. – Vou isolar o vírus para descobrir o padrão. Como você acha que a gente vai pegar esse Mané?! – Como fará isso se ele apagou todo o rastro até aqui. – Hummm tah! – disse Nick. Pronto, agora pode ir. – Você é louco, liberou o vírus. – Claro, fiz um cópia, se o prendo por mais tempo ele transmuta e aí é que não o pegaríamos mesmo. – Como sabe de tudo isso? – Quis saber o gerente. – Vivo praticamente dentro de uma lan house, chefia. Se não souber isso, tô ferrado. – disse Nick digitando com veemência. As teclas dançavam sob seus dedos, uma atrás da outra. Cabelo de fogo assistia perplexo. – O que ele está fazendo agora? – perguntou o gerente. Cabelo de fogo coçou a rala cabeleira avermelhada. – Pelo que entendi ele desnudou o vírus descobrindo algo como se fosse um DNA e vai tentar rastreá-lo.

Um rapaz alto vestido elegantemente se aproximou identificando-se como da polícia federal. Uma das garotas do “posso ajudar” já estava redirecionando a fila para um “atendimento especial”. – O que este garoto está fazendo? – quis saber o policial. – Tentando encontrar um padrão na atuação do vírus. – resmungou o cabelo de fogo. – Que besteira! Então não é isso que a gente fica fazendo toda vez que um babaca coloca um vírus na rede... - questionou. – Hummm aqui, está. – disse Nick mostrando a tela. Alguém de vocês consegue ver o que estou vendo aqui. Eram duas listas enormes de códigos e abreviaturas. – Estas duas listas são os bancos atacados por vírus nos últimos seis meses no mundo todo. – Isto eu notei. Mas não ajuda em nada. – disse o federal. – A mim ajudou, foi dela que extraí esta lista. – disse Nick mostrando uma menor ao apertar uma tecla. – Acabamos de perdê-lo para sempre. – Disse o rapaz de cabelos vermelhos apontando a tela do outro PC. – Agora é que o achamos. - retrucou Nick. – Como assim? – perguntou o federal. – Esta lista pequena é apenas o estrago que o Torlon fez por aí até hoje. – Como pode afirmar isso? As três listas são estragos causados por vírus. – disse Cabelo de Fogo. – É, mas não atingindo bancos com a letra “r” na terceira posição invertida e sempre em cidades com nomes duplos com “y” na segunda palavra, ora no início, ora no fim, como New York ou Dom Derney. – E em que se baseia para afirmar que ele roubou o nosso banco? – quis saber o gerente. – Padrões não mudam moço. – disse Nick. E como ele atacou este banco às quinze horas de dezessete minutos como fez com todos os outros, e como estamos na cidade de Cow Yerles, o próximo banco será na cidade de New Jersey, na próxima quarta às quinze horas e dezessete minutos e lá que eu vou estar para recuperar meus setecentos dólares, pago a luz amanhã. – levantou recolheu a fatura e guardou o cel. – Fui. – Espere aí garoto. – disse o federal segurando-o pelo braço. – Tem alguma acusação contra mim, moço, ou algum motivo para me prender? Porque se não tiver... tenho mais o que fazer. – Precisamos de você para nos ajudar a recuperar o dinheiro perdido. – disse o gerente. – Não se preocupem pretendo usar a máquina e a internet de vocês para recuperar o meu, são bem mais potentes e velozes do que as que eu posso conseguir por aí. Depois de amanhã às quinze horas estarei aqui, eu não perderia isso por nada desse mundo.

– Deixe-o ir. - disse o gerente. O federal soltou o braço de Nick e ele atravessou o saguão do banco entrou na avenida e desapareceu na multidão. – Espero não ter feito uma burrada soltando o braço dele. – disse o agente federal. - Também espero. - disse o gerente.

Eram catorze horas e quarenta minutos da quarta-feira quando Nick atravessou a porta do banco, passou pelo saguão e aproximou da escada, o gerente o esperava e pediu que o acompanhasse. Os dois entraram numa sala arejada, toda mobiliada. Nick cumprimentou o policial do dia anterior que estava sentado olhando uns jornais-o e dirigiu-se ao pc. Balançou o mouse e a tela abriu, sentou-se e começou a digitar. Puxou o cel deixando-o de lado. O federal se aproximou. Nick digitava e ia abrindo telas e mais telas. – Vamos ver o que é possível fazer... – sussurrou para si mesmo. – Você está tentando entrar na memória do banco de New Jersey tá maluco? – disse o detetive. – Ou você é bobo, ou está se fazendo, deve saber perfeitamente que não tem como pegá-lo senão ir esperá-lo lá. – retrucou Nick. – É, mas se ele percebe... adeus, né?! – Não vai perceber. – disse Nick abrindo cel e apertando o bluetooth. – Vamos gracinha, vamos que o tempo urge. – Se ele sabe que é difícil, porque não veio mais cedo... – questionou gerente suando por todos os poros. – Isso eu entendo, se não for sob pressão ele não consegue raciocinar. – disse o federal. Nick sorriu. – Ihhhuuuuu! – vibrou. – Entrei, gracinha da mamãe. Agora é só esperar.

O relógio avançava, eram quinze e quinze, Nick checou mais uma vez o cel. – Cadê o Cabelo de Fogo? – Quem? – disse o gerente assustado. – O moço daquele dia, chama ele aqui. O gerente apertou um botão. – Marcela, peça ao Lucas para vir aqui imediatamente. Nick puxou um halls do bolso e meteu-o na boca, Lucas entrou correndo. Nick guardou o papel do halls no bolso e entregou o cel para o Cabelo de, quer dizer, para o Lucas. – Sente-se aqui, e quando eu falar aperte o bluetooth. Só quando eu disse já. Lucas olhou para o gerente este concordou. – Hummm aí, vem ele. No ponto. Quando eu disser... – Já entendi. Vai deixar ele pensar que o seu espião é apenas um espelho porque é o mesmo vírus que ele está espalhando. – Exatamente, só que agora ele só responde a mim. – disse Nick. Vou sugá-lo no momento em que eu ele passar para a conta transferência, aí deixo um milhão de cifras pulverizadas e puxo o que ele tirou. – Deus nos ajude. – disse Lucas. – Agora, aperte já. – disse Nick. - Vamos ver a conta do danadinho. – e voltando-se para Lucas. - Aperte aqui. Isto, meus créditos estão de volta, uaaau! Dê uma olhadinha aqui, seu moço. – disse ao gerente mostrando a outra tela. – Seu dindin está voltando pra casa. Petter Marq Revertone ficou olhando a tela. Não entendia o que o moço fizera mas estava vendo os contagiros em números sempre crescente. – Pronto, aí estão. Cinqüenta e dois milhões, trezentos e oitenta e quatro mil dólares. Fechou. – disse Nick levantando estou indo.

– Mas você disse que iríamos pegá-lo. – reclamou o policial. – Não sou dedo duro, nem tira. – Mas roubou trezentos dólares e isto é crime. – Você sabe bem que peguei como juros e como paga pelo meu trabalho de recuperação que sei muito bem que vale bem mais. Se vai me prender é agora... senão estou indo para casa. – disse Nick pegando o cel com Lucas e dando um passo em direção à porta. O gerente se colocou na sua frente. – Não sei como agradecer. – disse estendendo a mão. – Se não fosse por você... – Não tem que agradecer. – disse Nick – Vai. - disse o policial. – Você é muito bom no que faz, é verdadeiro e voltou aqui, outros não teriam se exposto assim. – Eu não sou outro. – disse Nick e voltando até o pc apertou um tecla dizendo: - Tá aqui ó, o IPI da máquina do criador do Torlon, seu nome e o endereço dele na cidade de New Orleans, espero não me arrepender do que estou fazendo. Fui. – e saiu da

sala. – Que maldita perda de tempo! – pensou Nick logo depois enquanto caminhava pela avenida em direção a uma Lan.

- Tem um moço aí querendo lhe falar. – Nick espreguiçou, parecia que o sol já ia alto. Levantou e olhou, sua mãe continuava ali de pé. – Bença mãe. A senhora resmungou alguma coisa e ele aproximou da janela uma blazzer preta estava parada na calçada. – Vim saber se quer trabalhar conosco, terá um ótimo salário e plano de carreira na empresa. – disse Petter Marq tão logo ele apareceu na sala arrumando os cabelos revoltos. – E vinte e quatro horas de gente chata pegando no meu pé?! Nããão, muito obrigado. – disse Nick utilizando o reflexo da janela como espelho para limpar um olho. – Que é isso menino, isso são modos de falar com os outros?! – bradou a mãe. – Manera mamãe. – Te passo a meta a ser cumprida, te entrego uma sala com tudo o que precisar para sua função no serviço de informação do banco e você faz o seu horário de trabalho como quiser, só responderá a mim. – disse o gerente. – Não vai ter gente me zoando o tempo todo, não?! – disse Nick amarrando o cadarço do all star. – Não, tem a minha palavra. – solenizou Petter Marq. – Aceita minino. Um cavalo dificilmente passa arriado duas vezes na porta da gente. – sentenciou dona Genow . – Taah mãe. – disse Nick Nivverton. – Mas que droga! Espero não estar fazendo uma burrada. – disse sorrindo enquanto apertava a mão do gerente. Os dois se encaminharam para a blazzer. O gerente sorriu.