(Por José da Cruz)
Para comunicar é preciso conhecer: Conhecer o mito, a fé, a religião, a arte, o esporte, as drogas, as armas, as mentiras, os erros e os acertos e... entre tudo isso distinguir a BELEZA. Conhecer a razão: A razão é gritante entre os 12 e os 20 anos. E o marco que fica na nossa cabeça é: Ensino, estudo,... conhecimento. (É o tempo linear.)
Conhecer a emoção: Nesse tempo é o tempo jovem, é o tempo presente. Daqui pra cima tudo é permitido. Daqui pra baixo a gente negocia. É o momento em que acontece as tribos. (guitarras, DVDs, browns, drogas, aceitação e rejeição.) Identidade e identificação na pós-modernidade. O mundo é azul e as nuvens rosas. O mundo quer ser jovem... Acontece é aqui a perda da identidade. O que nós ainda somos? A modernidade, no entanto, passa pelo rigor da norma. (As regras...)
Modernidade: Mediações e conflitos que provocam as diferenças, ou, não provocam e atraem. (Daí vendas exageradas (milhões de celulares num só dia), porque temos grupos muito iguais, e grupos muito diferentes.) Skins heds, Carecas do ABC, negro e longos se misturam a mini saias e transparências (ou nunca se misturam), bonés (Manos ou não), paralelos a cortes, emos e gelóis, barrigudos e sarados, é uma verdadeira torre de babel. Geram daí as inúmeras possibilidades: vendas monstruosas, novidades repentinas, explorações de ingenuidades e infelizmente geram também as grandes faltas de líderes. (Quais são, por exemplo, que líderes os jovens tem hoje em dia?)
Neste caso, o Processo Educacional deixou de ser normativo e passou a ser reflexivo, de pesquisa, de entendimento. Aí o jovem chega à conclusão que o que ele acumulou, até agora, não é que esteja errado, tem que ser modificado na hora de dizer. Aí entra o processo de atualização das mídias: O SER e o TER. Ser homem, ser jovem, ser belo, ser sarado, ser rico, ser “maneiro...” Ter dinheiro, carrões, motos, mansões, poder, possibilidades, emoções...O que a grande mídia medeia? E em que ela realmente ajudaria se medeasse?
SEXO-RELAÇÃO, relações, muitas relações... e os adjacentes: Motéis, revistas, visuais, facilitadores: perfumes, chás, ervas, remédios, óleos, lubrificantes. CORPO-TRANSA, relações e relacionamento... chats, zaps, msns, orkuts, redes de pessoas para relacionamentos. E os adjacentes, é claro, celulares, note books, ipods, digitais e mídias móveis e imóveis, academias, personals treiners, grifes...Perdas, ou soma de valores... mas o que é mesmo valores?
Consciência moral e política? Retidão nas relações? Posturas éticas? Responsabilidades e somatórias de conhecimentos? O que realmente teria mais valor? Quinze quilos de ouro ou um verdadeiro olhar de carinho? O cel de última geração? Ou a mão enrrugada do protetor firme na sua mãozinha? A ética? A estética? Ou a propina? Tente imaginar os 15 quilos de ouro amarrados aos seu pescoço, quando você se encontra nadando no meio do oceano... e o verdadeiro olhar de carinho no momento em que você está tentando se matar porque todas as coisas perderam o sentido...
O que são valores? E, mais ainda Para que servem os valores? Política que forma opinião, através das fotos e não dos fatos...Professor que é alcoólatra, professora que namora aluno... rádio que é usado para enganar a população...O que são valores, verdadeiramente...Não é possível existir nesse universo a comunicação sem a troca, sem a busca, sem o princípio de entendimento do eu, sem a verdadeiramente troca racional de sentido. O entendimento do que seja valor é que vai fazer acontecer a comunicação... ou seja a ocupação do vazio. Fazer o vazio ser preenchido é comunicar.
É, neste universo, que entra o professor orientador... “Eu tenho que tentar ser mediador dos conflitos para que o meu aluno tente ser aluno.” (J. Cruz) A cultura da Rádio Escola de Comunicação pretende: despertar para a integração (dinamizadores de rádio, de laboratórios – línguas – artes – humanas – sagrado e físico - rádio e informática) trabalhando para que a integração seja entendida para que seja amada. Se for entendida certamente será amada. Se for amada, certamente será respeitada. E, respeitada... frutificará.
Pretende revolucionar a comunicação: o ser humano é um comunicador nato. (não é atoa que a gente possui um rádio ambulante, uma boca (emissora) e duas antenas capatadoras (as orelhas) o sistema receptor os ouvidos. Implantando a utilização integrada dos meios iremos trabalhar os alunos de forma a utilizar a sua real necessidade de comunicar para forçar a aglutinação de conhecimentos. Socializar a educação. A sociedade nem sempre consegue fazer a educação acontecer. A cultura do rádio comunicador utilizando do trabalho integrado dos dinamizadores correlacionado aos professores e suas matérias possivelmente fará uma socialização em prol do crescimento cultural na educação por meio da comunicação. Os nossos educandos precisa ser alfabetizado para entender os meios e suas funções. Com a integração dos múltiplos meios isso ficaria claro para o nosso alunado. E essa facilitação, geraria a comunicação correlacionada.
Cultura: Geralmente as pessoas são incapazes de ler os meios. Na grande maioria, as pessoas não tem como dar conta da sua vida. (Êê Vida de Gado – Zé Ramalho) Culturas são práticas sociais. Circulam sentidos, valores. O povo constrói valores e sentidos quando produzem cultura. A cultura do rádio escola pode alterar esse processo para melhor. O nosso projeto dos quatro pilares: a língua, ("No princípio era o verbo...") o sagrado, (aquele que liga a terra ao céu) o físico, (o corpo precisa estar bem para que tudo o mais pareça fácil) e o belo. (A arte atrai, seduz e conquista.) quer fazer uma cultura do racionalismo, do bom senso e do senso crítico ir se alinhando na educação através da comunicação. “Se a gente não nota como o mundo se processa iremos reproduzir o mundo sem modificá-lo e cair no lugar comum do marasmo.” (Prof. J. Cruz)
O povo, e entre eles, os educandos agem e reagem num esquema tradicional. Eles reagem, capta, analisa, contempla e aceita dentro da sua ótica, formando a sua ética. Ou seja: De par a par. A partir de então, não iremos mais repetir idiotices que tentam nos tapar os olhos para uma real situação que se desenrola por trás da mídia. E que, infelizmente, tem a intenção clara de dominar através do ato de minar as minhas forças e vontades. (Exemplo: Compre baton. Cel com dois chips, TV... ou as famosas cortinas de fumaça... lembram do caso da Rafaela que foi jogada pela janela? Porque será que aquele caso ficou na míndia integrada 42 dias? Alguém pode explicar?)
Preparar os jovens para não se alienar é um bom começo. Respondendo a algumas perguntas simples: Porque o dominado se deixa dominar pelo dominador? Qual é o meu papel na sociedade comunicadora? O que eu posso fazer na sociedade como comunicador? Qual é o papel transformador do professor orientador nesta sociedade consumista? O que podemos conseguir com a integração dos projetos multimeios no seio escolar? Quais as linguagens que posso utilizar no rádio, áudio e vídeo, teatro, jornal e internet na busca dessa conscientização educacional? Linguagens: institucional, caricata, coloquial. Sonora: Música: Inteira, partes, notas, propaganda. Efeitos: distorções, ruídos, notas musicais, não oral, não falada, não ouvida, não sentida... Como fazer um programa educativo-musical? Como fazer a nossa rádio verdadeiramente funcionar?
Obs.: A verdade da minha comunicação precisa ser uma verdade que faça sentido para mim, para o sistema e para o meu aluno. E, ainda mais, que faça sentido para a comunicação.
Foto 1 – Professor José da Cruz e Michelle, apresentando o programa “Café Cremoso”, rádio expressiva, polivalente Frei João – Anápolis. Na técnica de som: Jordana Silva.
Foto 2 – A Diretora Lúcia Rodrigues, apresentando o programa “Momento Com Deus”, rádio expressiva, polivalente Frei João – Anápolis. Na técnica de som: Paulo Henrique.