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quinta-feira, 29 de dezembro de 2011

A Matriz

Matriz de Pirenópolis - Goiás.
(Por José da Cruz)




A Igreja de Nossa Senhora do Rosário, a Matriz de Pirenópolis, é um templo católico, localizado na cidade de Pirenópolis, Goiás.
Para o povo goiano a Igreja de Nossa Senhora do Rosário é o maior centro da fé católica, e ainda daquelas que, pelo sincretismo, têm no
local o ponto máximo da religião. É a mais tradicional igreja católica estado de Goiás, dedicada
a Nossa Senhora do Rosário, padroeira dos pirenopolinos. A imagem de Nossa Senhora do Rosário veio para Pirenópolis em 1727, sendo a padroeira da cidade.

A construção
O Arraial das Minas de Nossa Senhora do Rosário, atual Pirenópolis, foi fundado em 7 de outubro de 1727, pelos mineradores que aqui se estabeleceram a fim de explorarem o potencial aurífero das margens do rio das Almas.
A construção da igreja que seria consagrada a Nossa Senhora do Rosário iniciou-se no ano de 1728, sendo construída por meio de um sistema misto em taipa de pilão, adobe, alvenaria de pedra e madeira.
Os primeiros registros relacionados à matriz foram feitos em 1732, com o primeiro batizado realizado na igreja e em 1734, quando foram iniciados os registros no Livro de Óbitos dos sepultamentos realizados na Matriz.

Igreja Matriz de Pirenópolis
Para chegar ao seu aspecto contemporâneo, a igreja passou por vários acréscimos e alterações. Em 1758 foi assentado o assoalho da capela-mor e, em 1761, foram construídos o retábulo e as quatro janelas da capela-mor, além das portas de acesso à sacristia e ao consistório. A “camarinha”, espaço localizado atrás da capela-mor, foi acrescentada em 1763, ano em que foi deliberado pela Irmandade do Santíssimo Sacramento a construção da segunda torre, provavelmente a torre esquerda (lado do nascente).
As pinturas do frontispício do altar-mor foram executadas em 1766, por Reginaldo Fragoso de Albuquerque. Para aumentar espaço da capela-mor, em 1769 o altar principal foi recuado. As duas estátuas de anjos com trombetas e o cortinado que compõem o arco do cruzeiro foram feitos em 1770, em entalhe de madeira. Em 1771 foi feita a refundição do sino original, pelo mestre Manuel José Pereira. Em 1803 foi instalado o sino, que foi refundido em 1939 (o mesmo que permaneceu até o momento do incêndio de 2002). O botânico inglês William John Burchel (1823) passou pela região e fez registros da igreja com as torres mais altas do que a configuração atual.
Em 1832 foram deliberados grandes reparos na Matriz, que na verdade só aconteceram em 1838, com o desabamento do telhado sobre a arcada do altar-mor, dando início assim à reforma conduzida pelo Comendador Joaquim Alves de Oliveira, quando a igreja passou a adquirir sua feição contemporânea.

Em 1832 foram deliberados grandes reparos na Matriz, que na verdade só aconteceram em 1838, com o desabamento do telhado sobre a arcada do altar-mor, dando início assim à reforma conduzida pelo Comendador Joaquim Alves de Oliveira, quando a igreja passou a adquirir sua feição contemporânea.
Entre os anos de 1863 e 1864 foram executadas a ornamentação da igreja, a pintura do forro da capela-mor e da abóbada do trono, pelos artistas meiapontenses Inácio Pereira Leal e Antônio da Costa Nascimento, auxiliados pelo jovem Francisco Herculano de Pina.
O relógio de Matriz foi instalado na torre sineira em 1866 e foi substituído por outro de pêndulo, de fabricação alemã, em 1885. Em 1936 foi demolido o púlpito bicentenário.
A Igreja Matriz de Pirenópolis foi tombada como Patrimônio Histórico e Artístico Nacional no ano de 1941. No período entre os anos de 1973 e 1986 o SPHAN (atual IPHAN) realizou vários reparos no edifício.

Em estilo colonial, a matriz tem os alicerces de cantaria (pedra) e as paredes feitas de taipa de pilão (barro socado). Apenas as paredes mais altas das torres são feitas de adobe (tijolo cozido ao sol). Na parte frontal, a taipa é reforçada por uma gaiola de madeira (aroeira), externa e internamente.
A igreja foi construída de forma que, a qualquer hora do dia, o sol ilumine a sua fachada. A torre do lado do nascente foi construída em 1763. Até essa época, só existia a torre onde se encontra o sino.
Elementos artísticos
Em talha de madeira com laminações em ouro, os cinco magníficos altares expressam a habilidade e paciência dos eméritos entalhadores e marceneiros meiapontenses do século XIX.
O altar-mor, construído em 1761, expressa a feição típica de um barroco singelo bem como o uso parcimonioso dos ornatos dourados. Integram-no um trono central, que exibe a imagem de Nossa Senhora do Rosário, e dois nichos laterais, à meia altura, ocupados por São Vicente de Paulo, à esquerda, e por São José, à direita.
As antigas estátuas da Igreja Matriz, em talha de madeira, são de origem portuguesa. Em 1773 já se encontravam nos altares laterais as imagens de Santo Antônio de Pádua, São Miguel e São Francisco de Paula.
Do lado do Evangelho, o retábulo colateral é dedicado exclusivamente ao Sagrado Coração de Jesus. No retábulo lateral, encontram-se o altar de Nossa Senhora das Dores e as imagens de São Francisco de Paula, Santo Antônio de Pádua e Santo Emídio.
Do lado da Epístola, o retábulo colateral exibe o altar de São Miguel, a imagem de Nossa Senhora da Penha e, sob o altar, a imagem do Senhor Morto. No retábulo lateral, estão o altar de Santa Ana e as imagens de São João Batista e São Gonçalo.
O arco cruzeiro, emoldurado por um cortinado vermelho com franjas que imitam tecido, é ladeado por dois anjos que tocam trombetas e coroado por um medalhão com ornatos dourados.

O Restauro de 1996 a 1999
Entre os anos de 1996 e 1999 foi feita a restauração arquitetônica e artística da Matriz, com participação da Sociedade dos Amigos de Pirenópolis, sob orientação do IPHAN, através de recursos fornecidos pela Telebrás, via Lei do Mecenato.
O processo de restauro contou com engenheiros, arquitetos, restauradores, mestres de obra e operários que, ligados por uma saudável e profícua convivência, se empenharam no aperfeiçoamento constante das tarefas realizadas.
Além de melhorar o nível técnico-profissional, a absorção da mão-de-obra local contribuiu para gerar empregos e para reter recursos na própria cidade. Desde o primeiro momento, o canteiro de obra manteve-se aberto à visitação pública, com exposições didáticas, organizadas com o objetivo de esclarecer cada aspecto do processo de restauro. O registro diário das etapas de trabalho e a documentação fotográfica profissional realizada em períodos determinados, além de permitirem o acompanhamento completo das obras, geraram significativas imagens que passaram a integrar o acervo da Igreja Matriz.
(Fontes: Próprias, Wikipédia e Jornais Pirenopolinos.)

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